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Saiba mais sobre o impacto dos hormônios na saúde da mulher

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Especialista diz que os hormônios desempenham papel crucial em praticamente todos os sistemas do corpo feminino

A médica Cíntia Machado (CRM-RS 45.813) comenta que as flutuações hormonais interferem diretamente em fases como puberdade, ciclo reprodutivo, gravidez e menopausa. Além disso, hormônios como o estrogênio e a progesterona são fundamentais para a regulação do ciclo menstrual e a manutenção da saúde óssea e cardiovascular.

Ela conta que desequilíbrios hormonais podem levar a uma série de sintomas, incluindo alterações de humor, ganho de peso, fadiga, perda de libido, e problemas mais graves, como doenças cardiovasculares e osteoporose. “Portanto, manter os hormônios equilibrados são essenciais para a qualidade de vida”, afirma.

Principais hormônios nas diferentes fases da vida da mulher

Puberdade: o estradiol (um tipo de estrogênio) é o principal hormônio responsável pelas características sexuais secundárias, como o desenvolvimento dos seios e o início da menstruação. A progesterona começa a agir quando ocorre a ovulação, regulando o ciclo menstrual.

Idade fértil: o equilíbrio entre estrogênio e progesterona é crucial para um ciclo menstrual saudável e a fertilidade. Hormônios como o FSH (hormônio folículo-estimulante) e o LH (hormônio luteinizante) regulam a ovulação.

Gravidez: o aumento dos níveis de progesterona e estrogênio sustentam o útero e prepara o corpo para a amamentação, enquanto a gonadotrofina coriônica humana (HCG) é essencial para a manutenção da gravidez.

Menopausa: o estrogênio e a progesterona diminuem drasticamente, levando a sintomas como ondas de calor, secura vaginal e aumento do risco de osteoporose e doenças cardiovasculares.

Dra. Cintia Machado - Foto divulgação

Dra. Cintia Machado – Foto divulgação

Desequilíbrio hormonal

Segundo a médica, o desequilíbrio hormonal pode causar uma ampla gama de problemas de saúde. No curto prazo, sintomas como insônia, fadiga, depressão, irritabilidade e ganho de peso podem ocorrer. Em longo prazo, os riscos incluem:

Osteoporose: a queda nos níveis de estrogênio e progesterona, principalmente na menopausa, reduz a densidade óssea, aumentando o risco de fraturas.

Doenças cardiovasculares: o estrogênio e a testosterona têm papel protetor no sistema cardiovascular. Após a menopausa, o risco de doenças cardíacas pode aumentar.

Problemas metabólicos: o desequilíbrio hormonal pode levar a resistência à insulina, aumento de peso e maior risco de desenvolver diabetes tipo 2. Já os níveis de colesterol e triglicerídeos podem aumentar, gerando dislipidemias e piora o perfil inflamatório da paciente.

Exames para verificar a saúde hormonal

Conforme a especialista, os exames ajudam a diagnosticar desequilíbrios e a determinar o melhor plano de tratamento. Os mais comuns incluem:

Dosagem de hormônios sexuais: estradiol, progesterona, testosterona, DHEA.

FSH e LH: avaliam a função ovariana, especialmente na menopausa.

TSH, T3 e T4: checam a função da tireoide, que também pode afetar os hormônios reprodutivos.

Cortisol: avalia o impacto do estresse no eixo hormonal.

Insulina, glicose, colesterol total e frações e triglicerídeos: verificam possíveis alterações metabólicas.

Terapia hormonal e outras maneiras de tratamento

A apresentadora Adriane Galisteu já declarou que faz terapia de reposição hormonal para lidar com a menopausa. A médica Cíntia Machado explica que essa é uma abordagem eficaz, especialmente no problema enfrentado pela artista, onde os níveis de estrogênio e progesterona caem drasticamente.

Ela ressalta que existem outras abordagens de tratamento, entretanto, as opções dependem do quadro clínico e dos objetivos de cada paciente, como:

Suplementos naturais e fitoterápicos: podem ser usados de forma adjuvante para aliviar sintomas da menopausa (cimicífuga racemosa, óleo de linhaça, óleo de prímula).

Mudanças no estilo de vida: alimentação balanceada, prática de exercícios físicos regulares, redução do estresse e boa qualidade do sono ajudam a equilibrar os hormônios.

Terapias complementares: acupuntura e ioga podem ser usadas para melhorar a qualidade de vida e reduzir sintomas de desequilíbrio hormonal.

“A escolha do tratamento deve ser individualizada e discutida com base nos exames e na história clínica da paciente”, finaliza a especialista.

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