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Os requerimentos do PT para enquadrar Bolsonaro na CPMI do 8 de Janeiro

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Entre os pedidos já feitos está o de quebra dos sigilos telefônico, telemático e fiscal de Jair Bolsonaro; expectativa é que mais de 100 pedidos sejam protocolados na comissão pela bancada governista nos próximos dias.

Os parlamentares do PT na CPMI do 8 de Janeiro apresentaram um conjunto de requerimentos que têm como objetivo investigar a relação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com os atos golpistas que depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. No horizonte dos deputados petistas, a ideia é que mais de 100 requerimentos sejam protocolados nos próximos dias. O deputado Rogério Correia (PT-MG), um dos titulares da sigla na CPMI, afirmou que Bolsonaro “é o principal alvo da CPMI e a pessoa na qual recaem os indícios mais fortes de ser a autoria intelectual dos atos golpistas.”

Na divisão de tarefas da CPMI, o parlamentar é responsável por investigar os autores intelectuais do 8 de Janeiro. Na última quinta-feira 25, dia da primeira reunião da comissão, Correia protocolou, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), um requerimento para que a Corte disponibilize as provas colhidas no âmbito do inquérito que investiga se Bolsonaro agiu como autor intelectual dos atos golpistas do 8 de Janeiro.  Além disso, o parlamentar solicitou as provas disponíveis em outros sete inquéritos relacionados aos executores dos atos e à omissão do governo do Distrito Federal (DF) em conter a depredação. Essas foram as primeiras ações práticas dos parlamentares petistas para enquadrar o ex-capitão na CPMI.

Outro pedido feito por Correia ao STF foi o acesso às provas do inquérito que investiga a participação do deputado André Fernandes (PL-CE) como instigador dos atos golpistas. A Polícia Federal concluiu que Fernandes incitou as manifestações golpistas. O relatório da PF aponta que o parlamentar, que é o autor do requerimento para a instalação da CPMI do 8 de Janeiro, infringiu o artigo 286 do Código Penal e tentou “com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito” No âmbito da própria CPMI, Rogério Correia pediu a quebra dos sigilos telefônico, telemático e fiscal de Jair Bolsonaro. “Precisamos entender como ele agiu nessa viagem [aos Estados Unidos, entre o fim do mandato e o fim de março] e qual foi o papel dele”, disse o parlamentar.

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