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‘Não há justificativa’ para não cortar juros em agosto, diz Tebet

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Sem querer comentar eventual mudança na meta de inflação, a ministra do Planejamento e Orçamento foi enfática ao apresentar aspectos da conjuntura que permitam redução da taxa pelo Banco Central - Foto: Reprodução Internet

Simone Tebet disse nesta terça-feira (30), que os fatores macroeconômicos estão dados para a redução da taxa de juros e “não há justificativa” para isso não ocorrer em agosto, com um corte de 0,25 ponto percentual, segundo a avaliação da ministra do Planejamento e do Orçamento. Simone Tebet, ao participar do seminário “E agora, Brasil?”

Sem querer comentar sobre uma eventual mudança na meta de inflação, Tebet foi enfática ao apresentar diversos aspectos da conjuntura que permitam o início de corte, pelo Banco Central, da taxa Selic, a taxa básica de juros da economia.

“Eu ouso dizer que não há justificativa para o segundo semestre já em agosto [reduzir os juros], a não ser que um fato relevante, excepcional e novo surja no meio do caminho, de pelo menos sinalizar uma queda de juros a médio prazo, por exemplo, já reduzindo em 0,25 (ponto) na reunião do Copom de agosto desse ano”, disse.

Ela citou, por exemplo, as projeções de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano e no próximo, e a desaceleração da inflação e das projeções para frente.

“Só temos números bons. Parâmetros da SPE [Secretaria de Política Econômica] da Fazenda são de copo meio cheio. Estamos falando projeção de crescimento em 2024 de 2,3%, 2,4% e isso é receita que está entrando independentemente de qualquer coisa”, afirmou ela. “Muito mais do que em meta de inflação, temos que falar em BC baixando os juros no segundo semestre, todos os fatores estão positivos”.

A ministra voltou a afirmar que a discussão sobre a meta da inflação “é uma não discussão” – “qualquer coisa que falarmos impacta o dólar” – e que o tema será discutido apenas alguns dias antes da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).

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