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Saúde

Médico diz que homens e mulheres não enfrentam as mesmas dificuldades na perda de peso

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O apresentador André Marques e o ator Leandro Hassum - Foto divulgação

Cirurgia bariátrica é indicada em casos graves

De acordo com o médico Matheus Lisboa (CRM-AL 8.530), homens e mulheres lidam com desafios diferentes devido a uma série de fatores genéticos, hormonais, comportamentais, sociais e ambientais. As diferenças hormonais, como os níveis de estrogênio e testosterona, influenciam a distribuição de gordura e o metabolismo.

O especialista explica que as mulheres tendem a armazenar mais gordura subcutânea, aquela que podemos sentir ao tocar, enquanto os homens acumulam mais gordura visceral, que fica em torno dos órgãos internos e não é perceptível ao toque. Essa gordura visceral está associada a mais riscos para a saúde, como infarto e doenças cardiovasculares.

Por outro lado, as mulheres possuem níveis mais altos de leptina, um hormônio que ajuda a regular o apetite e pode favorecer a perda de peso. Já os homens, devido à quantidade de testosterona e massa muscular, têm uma taxa metabólica basal mais alta, o que facilita a queima de gordura. Além disso, elas frequentemente enfrentam mais barreiras sociais e são mais suscetíveis ao estresse e a distúrbios alimentares, o que pode dificultar ainda mais a perda de peso em comparação aos homens. “Quando comparamos a perda de peso entre homens e mulheres em condições semelhantes, como o uso da mesma medicação para obesidade, os homens tendem a perder peso mais rapidamente. No entanto, devido a todas essas variáveis, não podemos afirmar que isso é uma regra geral. Cada caso deve ser avaliado individualmente”, alerta.

Cirurgia bariátrica

Segundo Matheus, a cirurgia bariátrica é recomendada principalmente para pessoas com obesidade grave que não conseguiram perder peso de forma eficaz com outros tratamentos, como dieta, exercícios e medicação. Famosos como o apresentador André Marques e o ator Leandro Hassum passaram pelo procedimento.

Dr. Matheus Lisboa - Foto divulgação

Dr. Matheus Lisboa – Foto divulgação

Conforme o especialista, as principais indicações para a cirurgia são índice de massa corporal (IMC) acima de 40; IMC entre 35 e 40, quando acompanhado de doenças graves relacionadas à obesidade, como diabetes tipo 2, hipertensão, apneia do sono ou doenças cardíacas; a cirurgia é considerada quando métodos tradicionais, como dietas e exercícios supervisionados, não resultaram em perda de peso significativa e sustentável; indivíduos com doenças metabólicas graves, como diabetes tipo 2 mal controlada, podem ser candidatos à cirurgia, mesmo com IMC abaixo de 35, dependendo da avaliação médica.

Quando o indivíduo é considerado obeso?

O médico esclarece que uma pessoa é considerada obesa quando o seu índice de massa corporal (IMC) é igual ou superior a 30. Ele conta que o IMC é uma medida que relaciona o peso da pessoa com sua altura. É calculado dividindo o peso (em quilos) pela altura (em metros) elevada ao quadrado. “O IMC é uma ferramenta útil, mas não mostra tudo sobre a composição do corpo, como a quantidade de músculo e gordura. Isso significa que o IMC não indica de forma precisa como a gordura está distribuída no corpo, o que é importante para avaliar os riscos à saúde, especialmente em relação ao coração e ao metabolismo”, ressalta.

Matheus exemplifica que, se uma pessoa tem o IMC normal, mas se tiver muita gordura na região da barriga, ela pode estar com maior risco de problemas de saúde do que alguém com um IMC mais alto, mas com menos gordura abdominal. “Por isso, é importante fazer uma avaliação física completa para entender melhor o risco de doenças cardíacas e metabólicas, além de considerar o IMC”, finaliza.

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