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Saúde

Especialista conta que os transtornos de neurodesenvolvimento são frequentemente diagnosticados na infância, persistem na adolescência e na vida adulta

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Sabrina Sato, Letícia Sabatella e Tom Cruise - Foto divulgação

Médica comenta que o diagnóstico precoce permite um planejamento mais eficaz e adequado das estratégias educacionais e terapêuticas

A neuropediatra Estéfani Ortiz diz que os transtornos do neurodesenvolvimento são um grupo de condições que se manifestam no desenvolvimento do sistema nervoso, afetando, por exemplo, o comportamento, aprendizado, controle motor e a comunicação. “O tratamento varia de acordo com o transtorno específico e pode incluir terapias comportamentais, educacionais,  ocupacionais,  medicamentos  e  intervenções  familiares”,  explica.

Segundo a médica, fatores genéticos influenciam e desempenham um papel importante no aparecimento de muitos transtornos do neurodesenvolvimento. “Estudos indicam que mutações genéticas e variações hereditárias podem aumentar o risco de uma criança desenvolver esses transtornos. Além disso, existem interações complexas entre fatores genéticos e ambientais também são frequentemente observadas”, revela. Estéfani lista alguns sinais que podem indicar que a criança possui algum transtorno de neurodesenvolvimento. São eles:

Atrasos no desenvolvimento: áreas como fala, motor fino e grosso, habilidades sociais e comunicação.

Comportamentos incomuns: evitar contato visual, comportamentos repetitivos ou interesses restritos.

Dificuldades acadêmicas: desempenho abaixo do esperado em leitura, escrita ou matemática.

Problemas de atenção e hiperatividade: dificuldade em manter a atenção, hiperatividade e impulsividade.

Dificuldades motoras: problemas com coordenação, equilíbrio e habilidades motoras finas.

Problemas de comunicação: dificuldade em entender ou usar a linguagem verbal e não verbal de forma adequada.

Orientação

A neuropediatra orienta uma investigação sobre o histórico familiar, história da gestação e do nascimento, assim como o desenvolvimento da criança e uma avaliação multidisciplinar completa para confirmar o diagnóstico e compreender o perfil individual da criança.

Dra. Estefáni Ortiz - Foto divulgação 

Dra. Estefáni Ortiz – Foto divulgação   

Estéfani recomenda intervenções precoces e individualizadas, que podem incluir terapias comportamentais, educacionais e ocupacionais. “Também aconselho os pais sobre a importância de um ambiente de apoio em casa e na escola e forneço orientações sobre estratégias de manejo e suporte emocional para a família”, aponta.

Principais transtornos de neurodesenvolvimento

A apresentadora Sabrina Sato, que tem o diagnóstico de TDAH, a atriz Letícia Sabatella que teve o diagnóstico tardio do Transtorno do Espectro Autista (TEA), o ator Tom Cruise, diagnosticado com dislexia quando jovem, são personalidades famosas com algum transtorno de desenvolvimento. A neuropediatra Estéfani Ortiz cita os principais:

Transtorno do Espectro Autista (TEA): caracterizado por desafios na comunicação e interação social, além de comportamentos repetitivos e interesses restritos.

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): marcado por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade que interferem no funcionamento diário.

Transtorno de Aprendizagem Específico: dificuldades significativas em habilidades acadêmicas, como leitura (dislexia), escrita (disgrafia) ou matemática (discalculia).

Transtornos da Comunicação: problemas com a linguagem, fala e comunicação social, incluindo a afasia e o transtorno fonológico.

Deficiência Intelectual (DI): limitações significativas no funcionamento intelectual e comportamento adaptativo, afetando áreas como comunicação, cuidado pessoal e habilidades sociais.

Diagnóstico precoce

A médica salienta que o diagnóstico precoce é crucial porque permite o início imediato das intervenções, o que pode melhorar significativamente os resultados a longo prazo. A especialista esclarece que as intervenções precoces podem ajudar a desenvolver habilidades essenciais, reduzir a gravidade dos sintomas e melhorar a qualidade de vida da criança e da família.

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