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Saúde

Entenda quando o marca-passo é recomendado

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O ator Arnold Schwarzenegger e a cantora Nana Caymmi - Foto divulgação

Especialista comenta que a escolha de implantá-lo é sempre adaptado a cada indivíduo, com base na situação específica de saúde e como os sintomas afetam a qualidade de vida

No começo do ano, o ator Arnold Schwarzenegger colocou marca-passo após passar por três cirurgias no coração. Recentemente, a cantora Nana Caymmi também precisou ser submetida ao implante. O cardiologista Bruno Gustavo Chagas (CRM-RO 4359 e RQE 1140) explica que se trata de um pequeno dispositivo eletrônico implantado debaixo da pele, geralmente na área do tórax, próximo à clavícula direita ou esquerda.

Nesse dispositivo são conectados um, dois ou três cabos que funcionam como eletrodos que ficam fixados na parede de dentro do músculo cardíaco. Seu papel é monitorar e gerenciar seus batimentos cardíacos. “Pense nisso como um condutor para o coração ajudar a manter os batimentos cardíacos regulares, enviando sinais elétricos suaves quando seu coração natural não consegue fazê-lo sozinho”, aponta.

Existem várias situações em que um marca-passo pode ser recomendado, principalmente se o coração está batendo muito devagar devido a alguma doença cardíaca (isso é conhecido como bradicardia); se houver longas pausas entre os batimentos cardíacos; em casos de bloqueio cardíaco, onde os sinais elétricos naturais não são transmitidos adequadamente entre as câmaras superiores e inferiores do coração; para alguns pacientes com insuficiência cardíaca, usando um tipo especial de marca-passo que sincroniza os batimentos entre o lado direito e esquerdo do coração melhorando a função de bombeamento de sangue; em certas condições genéticas que afetam o ritmo cardíaco.

Dr. Bruno Gustavo Chagas - Foto divulgação

Dr. Bruno Gustavo Chagas – Foto divulgação

Segundo o especialista, o marca-passo moderno é projetado para ser bastante durável, entre sete a 15 anos, dependendo do modelo específico e do quanto está precisando emitir impulsos elétricos (alguns podem chegar até 20 anos). “Se a bateria começa a ficar fraca, não há risco imediato. Os médicos ficam de olho nesses dispositivos e podem dizer com antecedência quando uma troca será necessária. Substituir a bateria é um procedimento relativamente simples e, muitas vezes, os fios (eletrodos) que levam ao coração não precisam ser trocados”, ressalta.

Recomendações

O cardiologista lembra que, nos primeiros dias após o procedimento, é preciso evitar movimentos bruscos com o braço na lateral do implante para permitir uma cicatrização adequada. Outro ponto é manter a incisão limpa, seca e seguir os conselhos do médico sobre os cuidados com o curativo. É recomendado evitar atividades muito intensas ou levantar peso nas primeiras semanas. Além disso, é fundamental informar a outros profissionais de saúde sobre a existência do marca-passo. Carregue sempre o cartão de identificação fornecido na alta hospitalar.

O médico orienta que o indivíduo evite campos magnéticos fortes, como os encontrados em detectores de metal em aeroportos (mas não se preocupe com eletrodomésticos comuns). Ademais, a pessoa deve manter o celular a pelo menos 15 centímetros de distância do marca-passo. “Compareça a consultas regulares de acompanhamento para verificar o dispositivo. O marca-passo é para melhorar a qualidade de vida. A maioria das pessoas leva uma vida normal e ativa”, finaliza.

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