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Saúde

Dia Mundial do Câncer alerta para a importância do diagnóstico precoce

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Último levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), feito em 2022, mostrou que, anualmente, mais de 10 milhões de pessoas morrem por causa da doença

Hoje, 4 de fevereiro, é o Dia Mundial do Câncer. A data é uma iniciativa da União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O objetivo é a conscientização internacional no calendário global de saúde que propõe ações de educação e de diálogo com governos. Segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados 704 mil casos novos de câncer no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência.

Essa estimativa é a principal ferramenta de planejamento e gestão na área oncológica no país, fornecendo informações fundamentais para a definição de políticas públicas.

O câncer de fígado aparece entre os 10 mais incidentes na região Norte, estando relacionado a infecções hepáticas e doenças hepáticas crônicas. O câncer de pâncreas está entre os 10 mais incidentes na região Sul, sendo seus principais fatores de risco a obesidade e o tabagismo.

O tumor maligno mais incidente no Brasil é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).

Em homens, o câncer de próstata é predominante em todas as regiões, totalizando 72 mil casos novos estimados a cada ano do próximo triênio, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Nas regiões de maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), os tumores malignos de cólon e reto ocupam a segunda ou a terceira posição, sendo que, nas de menor IDH, o câncer de estômago é o segundo ou o terceiro mais frequente entre a população masculina.

Nas mulheres, o câncer de mama é o mais incidente (depois do tumor de pele não melanoma), com 74 mil casos novos previstos por ano até 2025. Nas regiões mais desenvolvidas, em seguida vem o câncer colorretal, mas, nas de menor IDH, o câncer do colo do útero ocupa essa posição.

Desafios na luta contra o câncer

De acordo com o oncologista Juliano Cé Coelho, o desconhecimento sobre a doença, tabus e a grande disseminação de informações equivocadas são algumas barreiras. No entanto, para o médico, o maior desafio é o acesso ao diagnóstico precoce.

Ele diz ser inadmissível que pessoas com suspeita de câncer fiquem meses na fila para conseguir uma consulta com especialista ou exame. “Oncologia precisa ser tratada como questão primordial de saúde pública. A mortalidade está entre as principais nos centros urbanos”, aponta.

Dr. Juliano Cé Coelho - Foto divulgação

Dr. Juliano Cé Coelho – Foto divulgação

Inovações no tratamento

O oncologista conta que há dois grandes pilares em medicações que despontaram nos últimos anos: imunoterapia e drogas-alvo. “A chegada dessas medicações no arsenal terapêutico do oncologista, determinou uma verdadeira revolução nos tratamentos, acarretando um benefício direto para os pacientes”, destaca.

Mensagem do oncologista

“Não posso deixar de reforçar a importância de falarmos sobre câncer, esclarecendo à população sobre os reais benefícios do diagnóstico precoce. Quanto antes realizarmos, maiores as chances de cura da doença”, comenta. Juliano ainda lembra que dentro dos seis tumores malignos mais frequentes no Brasil, para cinco deles, existe a indicação de exames de screening — realizados de forma preventiva, sem a existência de sintomas.

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