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Saúde

Colesterol alto é um perigo silencioso

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Grazi Massafera e Lexa - Foto divulgação

Manter a dieta equilibrada é fundamental, pois alimentos com alto teor de gordura contribuem para a alteração do nível normal de colesterol

A atriz Grazi Massafera e a cantora Lexa são duas personalidades famosas que enfrentaram problemas com as taxas elevadas de colesterol e precisaram fazer uma readequação de alguns hábitos cotidianos, como a mudança na alimentação. O Ministério da Saúde aponta que o colesterol alto é considerado um dos fatores que mais contribuem para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. No Brasil, cerca de quatro entre 10 pessoas adultas têm um nível alterado de colesterol. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), esse dado já ultrapassa os números dos Estados Unidos.

A endocrinologista Amanda Ximenes explica que o aumento dos níveis de colesterol (dislipidemia) se associa a um maior risco de eventos cardiovasculares e mortalidade devido à formação de placas de gordura nas artérias — influenciadas por condições como hipertensão, diabetes e tabagismo, levando à aterosclerose, que estreita e endurece as artérias, aumentando o risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

A médica destaca que a dislipidemia é uma doença crônica porque os efeitos nas artérias se acumulam ao longo do tempo, sem sintomas, até ocorrer um evento grave. “O infarto, muitas vezes, é a primeira manifestação da doença aterosclerótica. Por isso, a importância de identificar indivíduos assintomáticos predispostos para uma prevenção e diagnóstico precoce”, alerta.

Dra. Amanda Ximenes - Foto divulgação 

Dra. Amanda Ximenes – Foto divulgação 

Amanda lembra também que a elevação dos triglicérides está frequentemente associada à obesidade, diabetes tipo 2 e síndrome metabólica, indicando um maior risco de doença cardiovascular.

Valores de referência do colesterol

De acordo com a endocrinologista, o colesterol bom, HDL-c (lipoproteína de alta densidade), idealmente deve ser maior ou igual a 40 mg/dL para homens e 50 mg/dL para mulheres. Já o colesterol ruim, LDL-c (lipoproteína de baixa densidade), tem valores variáveis conforme o risco cardiovascular, por exemplo, menor que 50 mg/dL para pacientes de alto risco e até 130 mg/dL para baixo risco, determinado através de calculadoras para estratificação de risco cardiovascular.

Mudanças no estilo de vida

Amanda ressalta que a dislipidemia é geralmente causada por hábitos alimentares inadequados, como consumo elevado de gorduras saturadas e trans e falta de atividade física. Além disso, a genética tem forte influencia no colesterol. “Recomenda-se uma dieta variada, rica em frutas, vegetais e fibras, com redução de gorduras saturadas e trans, além da prática regular de exercícios para manter um peso saudável”, orienta.

Tratamento medicamentoso

A especialista observa que o tratamento medicamentoso é indicado quando as mudanças no estilo de vida não conseguem controlar adequadamente os níveis de colesterol ou quando há um alto risco de eventos cardiovasculares.

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