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Argentina chega a um acordo com o FMI para desbloquear US$ 3,3 bilhões

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Segundo assessoria de Milei, pacto deve ser anunciado oficialmente ainda hoje, quando os detalhes tiverem sido finalizados. A Argentina chegou a um acordo nesta quarta-feira com a equipe do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a sétima revisão do programa de US$ 44 bilhões do país, de acordo com uma pessoa com conhecimento direto do assunto, que pediu para não ser identificada antes de um anúncio público.

A assessoria de imprensa do presidente Javier Milei disse, em uma breve declaração, que um acordo será anunciado no final do dia, depois que os detalhes forem finalizados, sem especificar o momento ou o tipo de acordo. Um porta-voz do FMI não comentou a declaração da Argentina.

Wall Street rapidamente demonstrou apoio ao acordo. Logo após o anúncio, os títulos de referência em dólar do país com vencimento em 2030 subiram cerca de 1,3 centavo de dólar, sendo negociados a cerca de 39 centavos de dólar, de acordo com dados indicativos de preços compilados pela Bloomberg, representando seu maior salto intradiário desde 24 de novembro.

Enquanto se aguarda a aprovação da diretoria executiva do FMI, o acordo enviará cerca de US$ 3,3 bilhões para a Argentina, que o governo de Milei, por sua vez, utilizará para pagar dívidas anteriores com o Fundo que vencem no final do mês e depois.

De forma mais ampla, o acordo em nível de equipe dá a Milei tempo para decidir se continuará com o programa atual mediado por seu antecessor ou se negociará um novo.

O acordo em nível de equipe foi firmado após a visita de autoridades sênior do FMI à Argentina para negociações, um desenvolvimento simbolicamente positivo depois que as conversações foram realizadas quase que inteiramente fora do país durante anos, quando as tensões se acirraram entre o presidente Alberto Fernandez e a liderança do Fundo.

Antes dessa rodada de negociações com o FMI, a equipe de Milei, liderada pelo ministro da Economia, Luis Caputo, propôs medidas de austeridade rigorosas, desregulamentação em massa e implementou uma desvalorização cambial de 54% com o objetivo de recuperar a economia, que passa por uma forte crise.

Ainda assim, a política monetária continua sendo um ponto de discórdia: As autoridades do FMI insistem há muito tempo que as taxas de juros permaneçam acima da inflação; o banco central mudou seu instrumento de referência no mês passado, levando a um forte corte nas taxas, apesar dos preços galopantes.

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