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Saúde

“A Medicina do Estilo de Vida coloca o paciente no centro do cuidado, capacitando-o a adotar hábitos que promovam a saúde de forma sustentável”, diz especialista

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O ator Reynaldo Gianecchini - Foto divulgação

O indivíduo é o responsável pela sua mudança, pois é uma jornada de autocuidado

Durante a preparação para o espetáculo “A Herança”, o ator Reynaldo Gianecchini buscou a Medicina do Estilo de Vida (MEV) para adquirir mais qualidade de vida e saúde. A médica Ana Gabriela de Magalhães (CRM-MG 68.456 e RQE 56.186 e 56.588), especialista no assunto, explica que a abordagem pode ser utilizada por médicos e outros profissionais da saúde, visando prevenir, tratar e, em alguns casos, reverter doenças crônicas, utilizando intervenções baseadas em evidências científicas. Ela conta que essas intervenções focam em mudanças no estilo de vida, como alimentação saudável, prática regular de atividade física, manejo do estresse, sono de qualidade, evitar uso de substâncias tóxicas como tabaco e álcool, além de manter relacionamentos saudáveis com o outro e até mesmo com o planeta e um bom suporte social.

Pilares da Medicina do Estilo de Vida

Alimentação saudável: promove o consumo de alimentos naturais e minimamente processados; frutas, legumes, cereais, ricos em nutrientes e fibras; gorduras boas que ajudam a prevenir e controlar doenças como obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer.

Atividade física regular: melhora a saúde cardiovascular, fortalece os ossos e músculos, ajuda na manutenção do peso saudável e melhora o bem-estar físico e mental. O Ministério da Saúde recomenda, no mínimo, 150 minutos semanais para evitar o sedentarismo.

Manejo do estresse: traz prejuízos para a saúde geral. Técnicas de relaxamento, como meditação, ioga e respiração profunda, para reduzir o impacto negativo do estresse crônico, podem contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, depressão e ansiedade.

Qualidade do sono: é essencial para a regeneração física e mental. A falta do sono está associada a um risco maior de doenças crônicas, como obesidade, hipertensão e diabetes. O indicado são 6-8h de sono regular por noite.

Substâncias tóxicas: evitar o uso de tabaco e o consumo excessivo de álcool é crucial para a prevenção de várias doenças crônicas, como câncer, doenças pulmonares, hepáticas e cardiovasculares. Não existe dose segura de álcool.

Suporte social e relacionamentos saudáveis: manter relações saudáveis e um bom suporte social contribui para o bem-estar mental e físico, reduzindo o risco de várias condições de saúde. Estudos mostram que pessoas solitárias apresentam maior risco de doenças mentais. Ninguém é feliz sozinho.

Dra. Ana Gabriela - Foto divulgação

Dra. Ana Gabriela – Foto divulgação

Segundo a médica, atualmente há um movimento para mais um pilar da MEV, que seria a espiritualidade. “Não estamos falando em religião propriamente dita, mas, sim, de um componente do bem-estar integral, que envolve o cultivo de um sentido profundo de propósito, conexão e significado na vida. Ao considerar a espiritualidade, a medicina do estilo de vida reconhece que a saúde não se limita apenas ao aspecto físico, mas também abrange o bem-estar mental, emocional e social”, ressalta.

A importância da Medicina do Estilo de Vida

A médica afirma ser essencial porque aborda as causas raízes de muitas das doenças crônicas que afetam a população. Ao focar em mudanças no estilo de vida, ela oferece uma abordagem preventiva que pode melhorar significativamente a qualidade de vida das pessoas, reduzir a dependência de medicamentos e, em muitos casos, reverter condições como diabetes tipo 2 e hipertensão. “Além disso, promove a autonomia dos pacientes em relação à sua saúde, empoderando-os a fazer escolhas que levem a uma vida mais longa e saudável”, acredita.

No entanto, como pontua Ana Gabriela, quando a Medicina do Estilo de Vida for reconhecida como especialidade pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), ela ganhará mais legitimidade e visibilidade, o que poderá ampliar seu alcance e impacto. Essa formalização vai permitir que mais profissionais se especializem na área, garantindo um atendimento mais qualificado e baseado em evidências. “Isso facilitará a integração dessa abordagem nos sistemas de saúde público e privado, reduzindo potencialmente os custos com saúde em longo prazo ao promover uma cultura de prevenção e cuidado integral”, destaca.

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