Dor ciática afeta 40% da população

A dor é incômoda e pode se tornar crônica se durar mais de três meses

O ex-pugilista Mike Tyson e a jornalista Renata Capucci são duas personalidades famosas que passaram dissabores com a dor ciática (conhecida também como ciatalgia). Há algum tempo, ele foi flagrado em uma cadeira de rodas, no aeroporto Internacional de Miami, nos Estados Unidos, por conta das fortes dores. Já a repórter passou por cirurgia no fim do ano passado.

Segundo o neurocirurgião Rodolfo Carneiro (CRM-SP 141.661 e RQE 50.652), o ciático é o maior nervo do corpo humano, iniciando na parte inferior da coluna e finalizando no pé. O especialista explica que o controle é feito pelos músculos dos membros inferiores. “Quando um nervo da coluna vertebral é comprimido, chamamos de radiculopatia. A dor ciática normalmente ocorre quando há essa compressão na raiz lombar ou sacral”, esclarece.

O médico conta que a principal causa desse problema é a hérnia de disco lombar, além disso, pode ser provocado por espondilolistese (escorregamento de uma vértebra sobre a outra), osteófitos (o famoso “bico de papagaio”), tumor, artrose da coluna, estenose de canal ou síndrome do piriforme.

Dr. Rodolfo Carneiro – Foto divulgação

Rodolfo aponta que o sintoma mais comum é a dor lombar, com irradiação para o glúteo, seguindo para a perna, pé com dormência, fraqueza ou formigamento no trajeto. Algumas pessoas relatam uma sensação de choque elétrico pelo caminho do nervo. Conforme o neurocirurgião, as medidas não cirúrgicas correspondem a 90% dos casos, sendo utilizados medicamentos para o controle da dor, fisioterapia e acupuntura. Já nos casos mais graves, são necessários o bloqueio anestésico ou a cirurgia minimamente invasiva da coluna, que, quando bem indicada, é eficaz e com baixa taxa de complicações.